Julho das Pretas, Mariana Nunes, Palestrante, Membro ForbesBLK , Campinas, Brasil

Quilombos Contemporâneos nas Periferias Brasileiras

Conversamos com a Mariana Nunes sobre a fascinante história dos quilombos e como as periferias brasileiras podem ser vistas como quilombos contemporâneos. Esses espaços são locais de resistência e reconstrução da vida comunitária, liderados por mulheres negras. Mariana Nunes nos lembrou que há comunidades quilombolas oficialmente reconhecidas no Brasil, lutando por direitos básicos. ✊🏿 #ResistênciaNegra #CulturaQuilombola


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Intro 00:00:03  Pode entrar no Brasil Business Network com o Rei do Networking, Tom Reaoch.

Tom Reaoch 00:00:10  BBN Brasil Business Network, o podcast de negócios, Conectando Pessoas, Culturas e Mercados. Eu sou Tom Reaoch conversando do meu estúdio no Brasil e hoje participando da cidade de Campinas, conversamos com a Mariana Nunes, fundadora do Movimento Rosalina, liderança feminina periférica, facilitadora de impacto social da Aliança Empreendedora e membro de ForbesBLK Black. Mariana porque o mês de julho é preto. É de luta e de celebração?

 Mariana Nunes 00:00:48  Olá Tom, tudo bem? Obrigada por esse convite, pela oportunidade de falar um pouco sobre o Julho das Pretas. Bom, julho é preto porque a gente tem uma um uma mulher preta que a gente considera que a Tereza de Benguela, né? É que foi aí em 2000. A gente comemora nela a data de Tereza de Benguela, no dia 25 de julho. E falando um pouco de Tereza, ela foi uma líder quilombola do século XVIII que assumiu o comando do Quilombo Erê, localizado no atual estado do Mato Grosso, né? E após a morte do seu companheiro que ela assumiu essa liderança, então, sob a sua liderança, o quilombo resistiu à escravidão por décadas, reunindo negros, indígenas e outros grupos marginalizados que lutavam por liberdade.

 Mariana Nunes 00:01:41  Então, Tereza, ela organizava a defesa do território, estruturava a produção, liderava o povo de forma estratégica e política. Então era uma mulher negra à frente de um povo livre, em pleno regime escravocrata.

Tom Reaoch 00:01:54  Numa época que não tinha nem como comunicar.

 Mariana Nunes 00:01:56  Não tinha nem como comunicar. E a gente já tinha uma mulher que se comunicava por por essas ações, por essa liderança, aquela que ela fingia, né, em Mato Grosso.

Tom Reaoch 00:02:09  Mas isso também é um exemplo hoje. Hoje temos todas as formas de comunicação, internet, enfim. Mas o que faz grudar são as ações pessoais. Exatamente por isso que são lembrados. Eu acho que são as coisas pessoais.

 Mariana Nunes 00:02:25  Sim.

Tom Reaoch 00:02:26  Então, agora mais um pouco mais difícil de multiplicar. Mas o raiz da paixão, vamos dizer assim, da ambição, vem da pessoa.

 Mariana Nunes 00:02:35  E da pessoa.

Tom Reaoch 00:02:36  E eu vejo isso em você que você conhece você. Já não estou falando sério. Você já teve aqui, já te entrevistei, eu assisto, vejo o que você faz aqui no Nintendo, sempre postando, sempre animado, sempre divulgando.

Tom Reaoch 00:02:51  Então, essa parte, essa parte da comunicação hoje é um pouco mais fácil. No Instagram é tudo, mas se não tem ninguém que nem você e que você não teve no passado ninguém que nem Teresa não contasse. Então, essa celebração, qual é o par de celebração? Celebrando o que vai acontecer?

 Mariana Nunes 00:03:12  Então estamos celebrando também. A gente vai ter. Eu sou fundadora do Movimento Rosalina Movimento Rosalina, falando um pouco. A gente apoia, empodera mulheres negras, periféricas da comunidade. Eu sou uma mulher preta de comunidade, né, De periferia. Então, Rosalina, a gente apoia essas mulheres. A gente tem no nosso grupo, na nossa comunidade, na Rede Rosalina, mais de 160 mulheres que a gente apoia. E no sábado, a gente, no dia 25, a gente comemora, né? Dia de Tereza e ela, que é a comemoração, fecha com julho preto e dia 26 a gente tem a celebração, que é o julho das pretas, né? A feira cultural é que a gente comemora ali ações de empreendedoras, a gente, o afro empreendedorismo.

 Mariana Nunes 00:04:02  Então a gente comemora assim mulheres que estarão com seus artesanatos da área de alimentação. Teremos oficinas também da Aliança Empreendedora, porque trabalho na Aliança Empreendedora. Também sou assessora de empreendimentos. Hoje na Aliança aonde a gente trabalha, eu especificamente estou num projeto onde a gente apoia empreendedoras de base. Então teremos oficinas, teremos o dia todo de atividade e de celebração para essas mulheres. Será na Estação Cultura, Campinas das dez às vinte e dois horas.

Tom Reaoch 00:04:34  Aqui em Campinas, só para nós ouvintes e que também o Centro Cultura está se tornando um centro de cultura da multiplicação da cultura.

 Mariana Nunes 00:04:45  Sempre foi, sempre foi. E agora a gente está com esses, com esses eventos. A gente está tentando deixar cravado, frisado que esses eventos é de extrema importância, principalmente ali acontecendo na Estação Cultura, que é o centro histórico de Campinas também.

Tom Reaoch 00:05:04  E também para nossos ouvintes, a estação também é uma estação ferroviária antiga e é um marco cultural. É um museu e.

 Mariana Nunes 00:05:14  Um museu.

Tom Reaoch 00:05:15  E o próprio cidade de Campinas está resgatando sua cultura, seu passado.


 Mariana Nunes 00:05:20  Suas origens.

Tom Reaoch 00:05:22  As origens, suas origens e com todo o movimento olhando para o futuro. Os novos investimentos do Parte Ferrovia finalmente são exemplos. Precisamos preservar a cultura do passado, mas precisamos fazer a transição de tudo isso para o futuro.

 Mariana Nunes 00:05:41  Exatamente.

Tom Reaoch 00:05:42  Eu fico muito, conta. Então, lá realmente é uma festa essa celebração.

 Mariana Nunes 00:05:46  O dia todo de celebração, dez da manhã às vinte e dois horas.

Intro 00:05:50  Agora me conta um pouco.

Tom Reaoch 00:05:51  Eu sei que sua atuação como modelo, como pessoa, para as mulheres, é viver na periferia. Eu não posso dizer que eu sei como você sabe, mas a gente imagina o os desafios que tem primeiro para se organizar. Ainda mais os desafios para uma mulher se empreender, tá? Então, uma coisa é o processo de empreender, outro é o apoio psicológico de fazer. Como é que? Como é que você lida com tudo isso?

 Mariana Nunes 00:06:27  Como que eu lido muita terapia? Agora. E eu comecei. Com Fazendo terapia.

Tom Reaoch 00:06:45  Volto a falar.

 Mariana Nunes 00:06:48  Eu comecei como terapia porque meu celular tá tocando no fundo.

 Mariana Nunes 00:06:51  Você tá ouvindo?

Tom Reaoch 00:06:52  Tá, mas a vida é essa.

 Mariana Nunes 00:06:56  Então eu comecei. Na verdade, eu comecei a cuidar da minha mente. Esse ano tá bom, mas eu não tinha, nunca tive, nunca fui uma pessoa. Nós, mulheres negras, a gente não tem nem condições de pagar um apoio psicológico dizendo aí, né? Nosso apoio psicológico é ali trabalhar, conquistar nosso apoio psicológico e a gente cuidar dos nossos filhos, manter os nossos filhos para que eles não passem fome, né? Então a gente trabalhar ali o tempo todo para que isso não aconteça. Então é pela minha luta. Graças a Deus hoje eu consegui. Consigo pagar uma psicóloga, mas assim é muito difícil pelo fato da gente não ter recurso, por exemplo, para este evento acontecer. Eu tendo condições hoje de pagar um apoio psicológico para esse evento acontecer, foi muito difícil, foi muito difícil. A gente não tem apoio de prefeitura. Este evento a gente recebeu. A gente está recebendo ali uma emenda de uma vereadora, uma emenda de uma vereadora que é preta e que, sim, apoiou esporadicamente o nosso evento.

 Mariana Nunes 00:08:11  No ano passado, ela ajudou a gente no ano passado, o ano passado o evento foi na rua, né? A primeira edição. E aí esse evento, graças a Deus, com apoio, com essa emenda dessa vereadora preta que ela falou, não eu, eu eu apoio Rosalina. Eu gosto da história do Rosalina porque a história do Rosalina é a história da minha avó materna, né? É o nome. Levo a história ali da minha avó materna, então eu apoio o Rosalina. Então eu vou ajudar vocês com uma emenda para que esse evento aconteça e para que essa celebração aconteça. Então, através dessa vereadora que teve esse olhar, esse cuidado, né? Para que esse evento com distanciem, é muito difícil você ter um apoio ali, né? Muitas vezes a gente foi ali atrás do pessoal da cultura. Ai é legal, legal, mas é ilegal, mas tá apoiando, tá ajudando a gente.

Tom Reaoch 00:09:07  E é difícil, mas não é impossível, não é? Você pega o que você acabou de falar e leva isso de volta para a Tereza, lá em Mato Grosso, que nem rua tinha.

Tom Reaoch 00:09:19  Não tinha não. Ela tem um quilombo, então tinha um mato que começou a se expor, se falar. Então, esse caminho árduo que vocês estão fazendo, mas é um caminho que precisa ser feito agora, É um caminho que precisa agregar mais pessoas como você está fazendo muitos, que é o centro. O pessoal fica na torcida, vamos dizer assim, fica na arquibancada e só quer ver o jogo. Mas hoje em dia, o engajamento, isso é em todos os aspectos. O engajamento é mais necessário, o engajamento pessoal de sair da arquibancada e entrar em campo, Sim, Então é uma oportunidade que vocês vão fazer na Estação Cultura. É pôr as pessoas no jogo.


 Mariana Nunes 00:10:06  O que nós estamos fazendo é um quilombo. O que Teresa fez na época, no século XVIII, foi um quilombo. Quilombo, só para você entender, é uma forma de organização social e territorial criada por pessoas negras e geralmente por mulheres negras. Então é o Movimento Rosalina. Essa celebração do Giro das Pretas é uma forma de uma organização quilombola, entendeu?

Tom Reaoch 00:10:30  Me ajuda a entender o quilombo.

Tom Reaoch 00:10:32  Ele é um remanescente do que era a época fazendário no Brasil.

 Mariana Nunes 00:10:37  Sim, sim. O quilombo é. Eram espaços de resistência, liberdade e reconstrução da vida em comunidade, onde negros, indígenas e outros grupos marginalizados viviam de forma coletiva, autônoma e livre da opressão dos senhores de escravos. Ou seja, nós, nós, mulheres da comunidade, Vivemos no quilombo. Nós somos mulheres quilombolas.

Tom Reaoch 00:11:03  Nós criamos a realidade brasileira. É um quilombo.

 Mariana Nunes 00:11:06  É um quilombo. As periferias do Brasil são quilombo porque as periferias, as comunidades, elas se reúnem, elas se apoiam, entendeu? E o quilombo é isso, entendeu?

Tom Reaoch 00:11:20  Eu vejo isso também em pedaços, vamos dizer assim. Eu moro atualmente no Vinhedo, então vejo também aqui. Tem o apoio de mulheres empreendedoras. É um sábado de manhã, tem uma fera junto com cada um tentando a fazer, criando e empreendendo de forma possível, fazendo comida, bolo, artesanato, enfim, mas aprendendo. Aprendendo a empreender. Sim, aprendendo a se estruturar numa vida e muitas vezes, que é que passa por muito violência emocional e físico e repressão?

 Mariana Nunes 00:11:58  E aí, o que que a gente faz com esse quilombo? A gente falar de quilombo hoje é de resistência histórica, ancestralidade, liberdade, construção coletiva.

 Mariana Nunes 00:12:08  É uma herança viva do povo negro do Brasil, né? Então, a gente, através desse quilombo, que a gente se cuida, que a gente tem afeto, que a gente tem, né, Que a gente consegue ali fazer as nossas atividades, que a gente consegue empoderar outras, né? É isso. E eu me vejo muito interessada de Benguela. Eu me vejo muito por isso que eu gosto muito. E no vídeo que eu gravei eu falei um pouco da história. E eu me vejo muito como Teresa, porque a Regina.

Tom Reaoch 00:12:41  Referindo ao post que eu vi no link, né? Sim, realmente. Obviamente meus podcast são áudio, ninguém tá vendo, mas eu posso transmitir. Não é só nos podcast que eu vejo. Você é uma pessoa desde que te conheço eminentemente, uma pessoa com um sorriso. O tamanho do Brasil, Fui sempre alegre. Não sei não. Você não demonstra a parte que deve ser toda essa experiência que você passou. Isso é importante. É isso que você transmite. Então é isso que nós estamos tentando fazer aqui e levar para frente esse trabalho seu, o seu, do grupo.

Mariana Nunes 00:13:21  Do grupo.

Tom Reaoch 00:13:21  Engajar e promover e de comunicar para outros usando formas de comunicação hoje mais moderna. Então, esse podcast não é só para o Brasil ou para o mundo. As pessoas vão ouvir. Então não é só a celebração em Campinas. Então, como Brasil é um quilombo e tem quilombos em várias partes do mundo.

 Mariana Nunes 00:13:43  Enfim, temos quilombos e ainda hoje a gente tem quilombos, viu? A gente tem quilombos. Ainda existem comunidades quilombolas no Brasil reconhecidas ali pela Constituição. Elas são formadas por descendentes desses grupos que resistem à escravidão e seguem lutando pelo direito até então, à identidade cultural, acesso à educação, saúde e política pública. Além então, desse quilombo periférico que eu falo que são as nossas comunidades, a gente tem sim. Existem ainda comunidades quilombolas no Brasil, para que fique frisado assim para as pessoas e para as pessoas saberem.

Tom Reaoch 00:14:20  Então, só voltando do nosso início, celebramos o julho das Pretas. Um mês de luta, visibilidade e reconhecimento da força das mulheres negras, latino americanas e caribenhas, além das brasileiras.

Tom Reaoch 00:14:37  E isso.

 Mariana Nunes 00:14:38  É isso.

Tom Reaoch 00:14:39  Então quero realmente dizer de novo parabéns pelo seu esforço, pela sua alegria de fazer isso. Obrigada por levar para fazer e boa sorte para todo mundo Sábado E aí nós vamos voltar a um futuro que eu quero ouvir ou a sua impressão no depois.

 Mariana Nunes 00:14:57  Vou voltar porque eu vou te.

Tom Reaoch 00:14:58  Contar o que vai acontecer depois. que gente fala muito do passado e não tenho nada contra. Mas na próxima vamos falar para que esse vento fez. E como é que vocês estão levando isso para o futuro? E ficar falando antes do próximo julho? Pode ser assim?

 Mariana Nunes 00:15:15  Podemos, podemos e vou falar. E tenho certeza que vai ser lindo e que eu vou voltar com coisas boas para você, sem dúvida.

Tom Reaoch 00:15:22  Agora, para nossos ouvintes, como é que eles podem te achar.

 Mariana Nunes 00:15:27  Legal no meu LinkedIn? Mariana Nunes No meu Instagram sou Mariana Nunes e o Instagram do Rosalina Arroba Movimento Rosalina.

Tom Reaoch 00:15:38  Então está em todos os lugares, é só procurar e só tá bom. Muito obrigado então para participação.

 Mariana Nunes 00:15:46  Obrigada a todos. Obrigada mais uma vez pela oportunidade e você é uma das pessoas que fazem parte desse crescimento, tanto da minha pessoa no pessoal como do movimento. Rosalina, muito.

Tom Reaoch 00:15:57  Obrigada! Esperamos que nós agregamos mais pessoas nisto.

 Mariana Nunes 00:16:02  Se Deus quiser, iremos agregar.

Tom Reaoch 00:16:04  Então, para nossos ouvintes, Obrigado. Como falamos, você pode achar mais sobre Mariana Nunes e Mariana. Sobrenome N. O NS vai achar ela no LinkedIn. Você vai achar também essa ou aquela aliança empreendedora Ponto org br e o Instagram dela que é a Movimento Rosalina. Tá, muito obrigado pela participação! BBM Brasil e o aparecimento do Focus My Marketing Intelligence. Especialistas em pesquisa de mercado no setor agrícola. Mais informações no site FO USM e com. Obrigada pela audiência! Até o próximo encontro aqui do BB Brasil Business Network.

Intro 00:16:53  Obrigado por entrar no Brasil Business Network com o Rei do Networking, Tom Reaoch.

Estrategista Start UPs, Mari Savedra, CEO Speedy Kids Method, Campinas, Brasil

 

Tom Reaoch recebe Mari Savedra para discutir a importância do networking no ambiente de negócios brasileiro. Eles compartilham experiências pessoais, destacando como conexões genuínas impulsionam o sucesso profissional e o crescimento de startups. Mari fala sobre sua atuação no Venture Hub, os desafios das startups brasileiras e a necessidade de educação financeira. Ela também apresenta o método "Speedy Kids", criado para incentivar crianças à leitura. O episódio reforça que networking vai além de contatos, sendo essencial para construir relações duradouras e gerar inovação nos negócios.

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 Pode entrar no Brasil Business Network com o Rei do Networking, Tom Reaoch.

Tom Reaoch 00:00:38  BBN Business Network, o podcast de negócios conectando pessoas, culturas e mercados. Eu sou o Tom Reaoch conversando no meu estúdio na região de Campinas e hoje participando da cidade de Campinas, conversamos com a Mari Savedra, especialista em inovação em negócios, estrategista de inovação no Venture Hub, proprietária da Mari Savedra, consultoria de negócios e criadora dos Speedy Kids Method. Eu encontrei a Mari recentemente no Campinas Innovation Week, no estande do Venture Hub e ela me lembrou da importância do networking. Mari conta para nós como o encontro de um minuto pode reativar uma conexão de anos atrás.

Mari Savedra 00:01:29  É verdade, Tom. Obrigado pela oportunidade de poder falar para você, para sua audiência hoje.

Mari Savedra 00:01:37  Eu fiquei muito feliz de encontrar você no Campinas Innovation Week porque há 12 anos atrás eu estava trabalhando na Prefeitura de Campinas como diretora de Desenvolvimento Econômico e participei de uma missão internacional para os Estados Unidos, onde visitei o Silicon Valley. Visitei Washington DC e visitei Austin, no Texas, e quando cheguei na prefeitura da Austin, encontrei você lá também. Eu falei Uau! Fiquei feliz. Eu achei você na.

Tom Reaoch 00:02:07  Prefeitura.

Mari Savedra 00:02:09  E encontrei você na prefeitura de Campinas. E depois te encontro na prefeitura da Autin. Eu falei Uau, esse homem é muito conectado, né? E eu ganhei. E foi graças a você, né? Através da Natalie Cofield, que me deu na mão. Mas eu ganhei um certificado de Cidadã Honorária de Austin. E eu falei poxa, que surpresa, né? E foi você que viabilizou isso. Na época eu não te agradeci, né? O que eu me arrependi de não ter te agradecido por receber essa honra. Imagina que trabalhei aqui em Campinas por seis anos como diretora. Fiz uma série de projetos para a cidade, né? E dei meu sangue pela cidade.

Mari Savedra 00:02:50  Eu nunca recebi uma uma láurea dessa, né? Como cidadã honorária de Campinas, eu não tenho esse título, mas recebi de Austin, né? Através de você. Então fiquei muito feliz, muito feliz. Quando eu vi você no Campinas Innovation Week. Eu falei Uau, agora é a oportunidade. Doze anos depois, ou seja, há 15 dias atrás, eu falei Uau! Agora é a oportunidade de agradecer ao Tom. E aí eu fui lá, né? A gente fez essa e esse track record e pude te agradecer. E você ainda me deu mais um presente que foi poder falar hoje para você e para sua audiência. Então te agradeci. Você me deu mais um presente, né? Muito obrigada!

Tom Reaoch 00:03:29  Não é um presente, porque na realidade o que eu mais defendo em todo o meu tempo lá fora, aqui, isso faz parte, é o networking. Aqui no Brasil eu sou conhecido como o rei do networking. E por quê? Porque eu faço isso que eu faço. Apresento pessoas uns para os outros e a minha vida aqui foi assim, pessoas, empresas.

Tom Reaoch 00:03:49  Então é natural. E o mundo de negócios no mundo ou mundo de negócios no mundo é relacionamento. Então, as pessoas que eu defendo e nós não fazemos Negócios com empresas. Nós fazemos negócios com pessoas. As pessoas fazem parte de empresas, é verdade. Mas o nosso caso é exatamente essa. E minha experiência mostra que em 12 anos, a maioria das pessoas que eu conheci 12 anos atrás não estavam no mesmo lugar que estavam 12 anos atrás. Antigamente era um pouco mais usual você achar alguém. Hoje não. As pessoas mudam como alto frequência, as empresas mudam, uma empresa está comprando outro, um quebra abre, enfim. Então, eu sempre criei um processo de seguir pessoas e essas pessoas na vida. Eu vou conseguir seguir onde eles vão. Então, essa é a essência que eu falo do networking. O que eu defendo? Isso porque muitas pessoas no Brasil, especificamente, não têm isso como processo de fato, conhecem muitas pessoas, encontro com muitas pessoas, mas não registram e não nutrem o processo de networking, de relacionamento.

Tom Reaoch 00:05:14  Então quando eu vi você foi a maior felicidade que eu tive. E de entrar num evento daquele tamanho. Campinas Innovation Week tem milhares de pessoas e você é abordado por alguém que nem você. Que me lembrou de 12 anos atrás. Então, isso é confortante. Isso para mim mostra que o processo funciona sim. Não é que não funciona. Funciona. É isso ainda que você vê que pode reativar. Aí foi. Falamos rápido, mas acho que não falamos por mais que um minuto lá. Sim, isso me lembrou eu comecei ligar as coisas, etc etc. Depois que eu voltei e falar um pouco mais com você, aí perguntei se você falava inglês porque você falou em não, mas você falou em inglês comigo lá e ai que eu te convidei de participar de dois podcast e acho que o BBN Brasil é em português e o outro que é Talk 2 Brazil Podcast em inglês.

Mari Savedra 00:06:13  E é verdade. Verdade.

Tom Reaoch 00:06:15  Para levar a mesma mensagem das pessoas, dos profissionais para o mundo, para o Brasil, em português e para o mundo em inglês.

Tom Reaoch 00:06:24  Então, isso que sei validou que você me ajudou naquele encontro de um minuto e validar aquilo que eu tenho como crença que muitas vezes a gente chega a um ponto que fala, que acha que não e isso é uma outra coisa, Mas não, você validou.

Mari Savedra 00:06:42  Que bom! Fico feliz também de ouvir.

Tom Reaoch 00:06:45  E num lugar daquela que é o Innovation Week, dentro de Campinas, que o maior expoente de eventos na região no Brasil, era mais do que um encontro regional, era um. Era um encontro do Brasil. A quantidade de empresas expondo de visitantes foi muito interessante, muito confortante para mim como homem de negócios internacionais realmente mudou, mas isso não invalida minha insistência nas pessoas de fazer o networking.

Mari Savedra 00:07:18  É sem dúvida muito importante e me deu um grande presente nessa Citizenship of Honor que eu nunca esperava ganhar de uma cidade fora do Brasil.

Tom Reaoch 00:07:27  Mas falando disso, empresas brasileiras, você é uma consultora. Você tem como empresa, você ajuda as empresas e pessoas brasileiros se estruturar e se. Componente do networking. Qual a importância que você acha que tem num start up muito importante?

Mari Savedra 00:07:46  E aí são coisas simples, sabe? Para a gente poder cultivar o networking e ser gentil com as pessoas, procurar ajudar, conectar, buscar oportunidades juntos, ter parceiros, então você fazendo isso sistematicamente, você constrói o networking e consegue fazer isso, como você disse, como um processo, né? E muitas vezes nós não fazemos isso.

Mari Savedra 00:08:11  Deveríamos fazer mais nós como brasileiros eu digo, né? Então, networking ele é fundamental, né? Hoje as minhas oportunidades comerciais vêm desse networking, né? Inclusive, quando voltei à Venture Hub, quando fui trabalhar na Venture Hub, que é uma das minhas, minha principal atividade hoje foi por conta de networking. Eu fui estagiária de um dos sócios há 25 anos atrás e isso é do Jose Azarite, né?

Tom Reaoch 00:08:41  E eu.

Mari Savedra 00:08:42  E eu fiz um bom trabalho nesse período que eu trabalhei com ele, ele nunca esqueceu. Então, quando voltei ao Brasil, porque eu estava na Alemanha, fiquei dois anos lá. Fui buscá lo na Venture Hub para conversar um pouco da minha consultoria e ele me convidou para trabalhar na Venture Hub, né? E lá a gente faz várias ações para preparar startups para serem adquiridas, para crescerem, para se tornarem empresas consolidadas. É um trabalho muito interessante dentro dessa aceleradora, porque a gente também consegue conversar com empreendedores e entender por que alguns são bem sucedidos e outros não. Isso e isso.

Mari Savedra 00:09:22  Assim, é um ativo muito bom de se ter nas mãos e reproduzir os exemplos que são bons para a empresa e para nossa empresa e para nossa vida, né?

Tom Reaoch 00:09:32  É isso que eu ouvi in loco lá no Venture Hub, realmente anos atrás, que eu frequentava lá de muitos. Obviamente, Campinas é um celeiro que eu chamo e é um celeiro cerebral, né? E está cheio de pessoas recém formados dos vários universidades. Ideias fantásticos. E o que o Venture Hub criou e trouxe e é um ponto de encontro para alinhar as ideias com uma estrutura real de empresa. Então, acelerar não é simplesmente colocar gás no tanque. Você tem que ter todo um componente estruturado para que o veículo sai andando e vai acelerando. Uma idéia só não leva ao sucesso. A ideia pode levar ao sucesso, mas não tem uma estrutura de. De coadjuvantes. Co-autores. Parte Administração Outra área econômica que você é especialista. Parte financeira. A coisa não anda. Fica sem gás no meio do caminho ou não atrai investidor e no parte dos start ups, um dos objetivos é tem muito dinheiro fora, você sabe disso.

Tom Reaoch 00:10:46  Esteve nos Estados Unidos, esteve na Alemanha, Está um dinheiro para aplicar. Nunca faltou. O que falta é lugares para colocar.

Mari Savedra 00:10:55  Exato.

Tom Reaoch 00:10:56  Então acho que a realidade que você vê diariamente no Venture Hub são ideias boas, que precisam ser nutridos e precisam ser expostas para esse grupo de investidores ou grupo do dinheiro?

Mari Savedra 00:11:13  Exatamente, exatamente. E então o toma. A gente tem também um foco além desse pilar da Venture Hub, que é muito importante, que a gente faz aceleração de empresas. Como você disse, ensinar uma startup a ser uma empresa consolidada. O que eu acho que é um ponto que falta nas empresas brasileiras é conhecimento e aplicação de finanças. Sabe porque finanças é assim? É o pulmão da empresa que faz ela respirar. E eu estava vendo uma estatística 56% dos empresários brasileiros desconhecem sobre finanças, não cuidam da parte financeira. Então você depois tem empresas que entram em recuperação judicial, né? E o Brasil nos últimos três anos foi um recorde de de recuperação judicial, porque não souberam cuidar da parte financeira, não olharam para o seu fluxo de caixa, não tomaram boas decisões, adquiriram endividamento alto, por isso não conseguiram prosperar.

Mari Savedra 00:12:11  Então eu ajudo nessa parte também, porque eu entendo que há um oceano azul no oceano azul. Se você souber como intervir numa empresa, você resgata ela de um endividamento. E é isso que eu também faço, não como faço como uma das principais atividades, né? É da Venture Hub. A gente cuida de start ups, ajuda a tornar a empresa vendável, né? Mas você tem razão. Hoje as empresas brasileiras, elas olham muito pouco para o mercado internacional, porque o mercado brasileiro é chamado de mercado baleia, né? Ele e ele. Ele acha que é alto? Bastante, né? Por ser muito grande e perde a oportunidade de se internacionalizar.

Tom Reaoch 00:12:49  Isso eu sei. Infelizmente, até baleia encalha na praia.

Mari Savedra 00:12:53  Verdade. Ótima metáfora. Sim.

Tom Reaoch 00:12:56  Sim, precisa essa ajuda. Precisa uma ajuda para voltar ao mar? Nadar?

Mari Savedra 00:13:02  Sim, sim. O Brasil hoje ele é um país que ele sofre há muitas décadas de déficit tecnológico. Se você pegar as importações de tecnologia são muito maiores do que as exportações de tecnologia e eu vejo o governo brasileiro fazer uma série de ações para minimizar esse problema.

Mari Savedra 00:13:21  Mas eu acho que a saída para o Brasil é o empreendedorismo e o governo deixar as empresas trabalharem e simplificar em impostos.

Tom Reaoch 00:13:31  É o mundo. A maioria das empresas mundiais são empresas pequenas e o small business é um negócio individual. Em qualquer lugar na Europa, os Estados Unidos, onde for, a China, é o indivíduo que está montando o negócio e levando para frente.

Mari Savedra 00:13:51  Exatamente 90% das nossas empresas aqui são small small business, né? Então, eu acredito no empreendedorismo. Acredito no liberalismo que realmente precisa. O governo precisa criar e reduzir a carga tributária e fazer acordos para acabar com bitributação entre países, para incentivar investimentos. É isso que o governo precisa fazer deixar o empreendedor trabalhar.

Tom Reaoch 00:14:15  E aí é outro capítulo, né? Agora vamos dar a conversa para a empresa, que também é um start up, o seu negócio, que é o Speedy Kids. O que que é isso?

Mari Savedra 00:14:27  Esse é um outro negócio que eu tenho, que eu sou uma empreendedora serial, né? Como você pôde perceber, eu vejo um problema e transforma numa oportunidade.

Mari Savedra 00:14:35  E esse foi o caso, né? É que criei um método que eu mesmo experimentei e vi que faz sentido, né? Com a minha, com meu filho, em que você transforma, você consegue fazer com que as crianças gostem mais de ler, não é proibir a tela. Eu sou contra proibir tela porque a gente vive no mundo conectado, você não tem como. Agora você pode gerenciar e você pode fazer com que o seu filho goste mais de de ler. Então foi isso. Eu desenvolvi uma jornada com ele, né? De uma situação em que ele não conseguia ler com oito anos de idade para hoje, uma situação que ele ganha medalha de prata na escola, né, Por conta do bom desempenho. Então essa jornada eu registrei num curso, né? Um curso que eu comercializo por um valor e um valor que todos podem pagar para pais que tenham esse mesmo problema, como eu tinha.

Tom Reaoch 00:15:28  Legal e chama se Speedy Kids Method.

Mari Savedra 00:15:31  Exatamente, é o método Speedy Kids.

Tom Reaoch 00:15:34  Muito bom! Mas Mari, como é que nossos ouvintes podem te achar?

Mari Savedra 00:15:40  Olha, eu tenho no meu LinkedIn e Mari Savedra, né? No Mari Savedra tem lá todas as minhas informações.

Mari Savedra 00:15:47  E Mary Saavedra, PhD, né? Então tem as minhas informações de contato, um pouco da minha jornada e lá com certeza os ouvintes vão poder me achar e falar comigo.

Tom Reaoch 00:15:58  Muito bom! Obrigado pela participação e pela lembrança dos velhos tempos.

Mari Savedra 00:16:03  Eu que te agradeço.

Tom Reaoch 00:16:05  Então, para nossos ouvintes, então é Mari Savedra M a r i sobrenome s a v e d a vai achar ela no LinkedIn tem e também você vai achar ela no do Venture Hub. BBN Brasil um oferecimento do FocusMI Marketing Intelligence. Especialistas em pesquisa de mercado do setor agrícola. Mais informações no siteFocusmi.com  Obrigado pela audiência. Até o próximo encontro aqui no BBN Brasil Business Network.

Veronika Viegas, Contas Internacionais VEDU Foreign Trade, Shenzhen, China

 

Veronika Viegas conta de como é morar e trabalhar na China. Eu conheci a Veronika Viegas na plataforma chinesa REDnote. Atualmente ela esta na Gestão de Contas Internacionais da VEDU Foreign Trade em Shenzhen e atendendo clientes no Brasil, Africa, Estados Unidos e China. http://www.vedutrade.com.cn https://www.linkedin.com/in/veronikazv

Para ouvir no Spotify entrevistados no BBN Brasil Podcast.


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Marceli Granja, Engenheira Especialista em Tuneis, Sidney, Australia


 Dicas para brasileiras de como se preparar para oportunidades no mundo. Marceli Granja, Engenheira Civil, especialista na construção de tuneis e na gestão de projetos, oferece dicas para brasileiras de como se preparar para oportunidades no mundo. https://www.linkedin.com/in/marceligranja

Para ouvir no Spotify   ou no Player abaixo: 

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Vanessa Puerta, Equidade Mulheres no Brasil, Sao Paulo, SP


O papel de Mulheres no Brasil, equidade em 2025 e no futuro. Vanessa Puerta, Douturanda em Communicação e Semiótica pela PUC-SP, Fundadora da Interculturabiliy & Co, Sócia da IVTEC Engenharia e Coordenadora da SIETAR Global. https://www.linkedin.com/in/vanessapuerta


Para conhecer e ouvir mais entrevistas: BBN Brasil Podcast

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